Marshall Rosenberg, criador da Comunicação Não Violenta, chamou de “comunicação alienante da vida” uma forma de percepção e linguagem que nos afasta da vida e bloqueia nosso estado natural de compaixão. Essa forma de linguagem pode ser resumida em 4 tipos: julgamentos moralizantes, negação de responsabilidade, merecimento e exigências.
Uma comunicação impregnada de julgamentos que classificam e condenam contribui para comportamentos que ferem aos outros e a nós mesmos.
A Negação de Responsabilidade é um tipo de linguagem em que perdemos a consciência de que somos responsáveis por nossos próprios pensamentos, sentimentos e ações, e passamos a acreditar que não temos escolha. Utilizamos uma linguagem de negação de responsabilidade quando usamos expressões como “tenho que”, “alguém fez eu me sentir de certa maneira” ou “eu fiz alguém sentir-se de tal forma”.
A cultura do merecimento está impregnada em nós desde crianças, quando recebemos punição e castigo quando não fazemos o que as pessoas em posição de poder esperam de nós, e recebemos premiação e elogio quando fazemos o que elas querem, sejam essas pessoas pais e cuidadores, professores ou chefes e gerentes. Aprendemos a fazer as coisas por medo, culpa ou vergonha, para evitar punição ou então para receber recompensa, aceitação e amor.
A exigência também é uma forma de comunicação muito comum, especialmente entre as pessoas em posição de poder, sejam chefes, pais, mães, professores, etc. A exigência envolve a possibilidade de punição e culpabilização, implícita ou explícita, caso não seja atendida. O medo de ser mandado embora do serviço, de tirar notas baixas ou repetir de ano, de apanhar dos pais ou ficar de castigo, são situações que todos nós vivemos de alguma forma durante a vida.
A Comunicação Não Violenta nos ajuda a transformar esse tipo de linguagem, focando na vulnerabilidade e no reconhecimento e expressão de sentimentos e necessidades tanto nossas quanto dos outros. Assim, vamos reduzindo a violência no mundo a partir de nós mesmas/os e nossas relações!
Vamos juntas e juntos nesta caminhada de transformação pessoal e do mundo?