Check-in é uma expressão do inglês, utilizada em viagens de avião e em estadias de hotel, que significa confirmar que chegou, que está presente.
Uma prática de mesmo nome tem sido utilizada em contextos bastante diferentes: no início de reuniões em ambientes de trabalho, antes de começar uma aula e até mesmo em encontros sociais. Nestes locais, o check-in tem sido praticado pelo mundo todo como forma de “chegar”e “estar presente” mais inteiramente.
Há diversas formas de praticar o check-in, que essencialmente se trata de cada um dos participantes, um por vez, dizer como está chegando, como está se sentindo naquele momento, o que está se passando em sua vida. Os outros ouvem em silêncio, sem emitir reações, respostas, análises, sugestões, etc., sustentando um espaço de escuta atenta para o que cada um está trazendo.
E por que praticar o check-in? Temos vivenciado e ensinado esta prática em diversas circunstâncias e na nossa experiência ela traz vários benefícios. O primeiro é que ao ouvir o que está se passando com cada um, passamos a ter mais compreensão e abertura uns com os outros, fortalecendo relações tanto pessoais quanto profissionais. Além disso, quando expressamos o que está acontecendo conosco, passamos a estar mais conectados com o momento presente: ao compartilhar com o grupo, é como se deixássemos de carregar sozinhos o peso de nossas bagagens emocionais e racionais, e assim podemos nos concentrar melhor naquilo que estamos fazendo no momento.
O que ocorre em decorrência disso é que em ambientes de reunião por exemplo, as pessoas ficam com mais disposição para cooperar umas para as outras, ficam mais presentes e atentas, e a eficiência da reunião aumenta significativamente. Em ambientes de sala de aula, professores que passam a praticar o check-in relatam uma melhora significativa no rendimento dos alunos, que passa a ter mais foco e disposição para o aprendizado, além do fortalecimento de uma relação de confiança com o professor. Em encontros sociais notamos que quando iniciamos com um check-in, a conversa tende a ficar mais aprofundada e significativa, mais tranquila e relaxada, e as pessoas tendem a se sentirem mais próximas umas das outras, cultivando um espaço de diálogo mais aconchegante e seguro.
Muitas vezes o maior desafio em praticar o check-in é sair da “normalidade” e mudar nossas crenças sobre o que significa eficiência. A ideia de que devemos correr com a produtividade pois o tempo é curto, pode ser contraproducente se entendermos que a qualidade de presença e conexão entre as pessoas afeta enormemente os resultados daquilo que fazem juntas.
Quem compreende o check-in como um investimento de tempo para otimizar a qualidade de presença e conexão entre as pessoas, e consegue implementar essa prática, logo descobre que em menos tempo é possível realizar muito mais, com melhor qualidade, evitando retrabalho, reuniões e encontros superficiais, desgastantes ou entediantes.
Que tal experimentar fazer um check-in no seu próximo encontro com amigos, reunião de trabalho ou sala de aula? É fácil! Apenas peça para cada um, na sua vez, expressar como está naquele momento, e ofereça juntamente com os outros uma escuta silenciosa e atenta. Bom experimento!